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    circulum é uma instalação de cariz imersivo, que explora primeiramente as componentes do som e da luz, enquanto objetos artísticos. Manifesta-se enquanto forma de expressão artística, que envolve a construção plástica e técnica de objetos com formas distintas  que se relacionam igualmente de distintas formas com a luz e a luz, por sua vez, com o som.

         Outra componente importante do projeto é a relação que o mesmo estabelece com o espaço onde é apresentado. A estrutura da instalação é construída a pensar no mesmo.

       Sempre que escolhemos a luz como objeto artístico, temos necessariamente de nos aproximar dos conceitos de reflexão e de refração, ambos fenómenos óticos relacionados  com a forma como a luz se propaga no espaço. Num espaço onde habitam objetos, podemos perceber que esse mesmo espaço está repleto de diferentes superfícies e que cada superfície separa o espaço em dois meios distintos. Quando a luz encontra uma dessas superfícies pode ser refletida, permanecendo no meio da sua propagação, ou pode ser refratada, atravessando a superfície e iluminando o outro meio.

       circulum vai ser instalada numa estufa botânica, um espaço coberto e repleto de flora, onde ramos, folhas e flores se relacionam com a terra, com a água e com as pedras. Num espaço desta natureza, a utilização da luz ganha complexidade e interesse, pois cada ponto de luz que é colocado no espaço relacionar-se-á com inúmeras superfícies, que originarão um jogo de luzes complexo e divergente.

      A apresentação pública desta instalação pretende criar momentos de imersão sensorial, convidando os espectadores a deixarem-se absorver pelo espaço, pela luz e pelo som envolventes.